Tenho uma dúvida para colocar, não sei se será este o local mais indicado, mas aqui fica:
Sou estudante do ensino superior e não posso deixar de me sentir excluído com esta iniciativa, pelo simples facto de practicamente todos os alunos até ao 12º ano poderem requisitar um computador portátil enquanto que nós, universitários, nos encontramos fora dessas "oportunidades".
Esta minha insatisfação ainda se torna maior quando até professores têm essa oportunidade de adquirir um portatil com internet de banda larga, desembolsando uma quantia reduzida quando comparada com os seus valores de venda no mercado. No caso destes, tratam-se de trabalhadores que auferem um salário fixo, possibilitando-lhes algum poder de compra, mesmo que através de prestações.
Já nós, estudantes universitários, que temos actualmente uma necessidade maior de possuir computador para elaborar trabalhos académicos (consequência directa do acordo de Bolonha) e, nos casos em que apenas nos dedicamos aos estudos, não auferimos qualquer vencimento, para adquirirmos um computador portátil necessitamos de desenbolsar várias centenas de euros.
Note-se que ainda há a acrescentar a iniciativa "e-escolinha" que levará computadores portateis e internet de banda larga a preços reduzidos aos alunos de escolas primárias. Alunos estes que não necessitam de possuir computador a curto prazo.
Não estaremos a ser discriminados face ao resto da população estudantil em Portugal?
Ou será esta uma medida que visa promover um abandono na intenção dos nossos alunos em seguir para o ensino superior, como forma de reduzir as taxas de desemprego dos recém-licenciados?

Dito isto, deixo aqui a minha pergunta: Para quando uma iniciativa E-Escola Universidades?

Em jeito de conclusão, uma nota: Termino o meu curso este ano e, muito sinceramente, já detenho poucas esperanças de poder vir a usufruir de uma medida deste género até lá. Assim como eu, outros milhares de estudantes também passarão ao lado de oportunidades desta índole, já para não referir todos os recém-licenciados do ano que agora termina.