Três meses depois do arranque oficial da iniciativa, apenas foram entregues 50 mil comTrês meses depois do arranque oficial da iniciativa, apenas foram entregues 50 mil computadores.
Os quatro grandes operadores móveis envolvidos no projecto «Magalhães» romperam a ligação com a empresa que distribuÃa o portátil. Até aqui, os computadores estavam a ser entregues pela Youtsu, uma empresa formada pela Prológica e pela JP Sá Couto, que produz o computador. Mas a Youtsu não tem tido capacidade para executar os pedidos para o portátil. Três meses depois do arranque oficial da iniciativa «Magalhães», apenas foram entregues 50 mil computadores, ou seja, quase 200 mil alunos que já pagaram o equipamento continuam à espera.
A ligação acabou em ruptura. Bastaram alguns meses para perceber que o processamento de pedidos e a distribuição dos computadores «Magalhães» não estavam a funcionar. A TVI sabe que TMN, Vodafone, Zon e Optimus vão agora virar-se para outras alternativas de mercado de forma a conseguir escoar os portáteis e fazê-los chegar às escolas.
Esta missão era até aqui da Youtsu, uma espécie de consórcio feito pela JP Sá Couto, que produz o computador, e a Prológica que distribui a nÃvel nacional material informático.
Problemas ao nÃvel da base de dados das inscrições feitas pelos alunos levaram a que as entregas dos «Magalhães» se arrastassem. Quase 200 mil estudantes do Primeiro Ciclo, inscreveram-se, pagaram, mas não receberam o portátil.
Até agora, apenas 235 mil alunos quiseram o «Magalhães», é menos de metade das expectativas iniciais do Governo, que apontavam para os 500 mil. Contactado pela TVI, o Ministério das Obras Públicas acredita que o valor pode aumentar, se a distribuição for de facto acelerada.
Alheia este problema permanece a JP Sá Couto. Com o «Magalhães», o volume de negócios da empresa cresceu 60% em 2008 e poderá triplicar em 2009. Tanto que o «Magalhães» até já tem sucessor: um portátil com um ecrã maior, mais espaço em disco e outras funcionalidades.
José Sócrates foi o primeiro a assumir o «Magalhães» como português. Desde então, todos fazem o mesmo, sabendo que por todo o Mundo existem outros iguais. A TVI foi mais longe e descobriu a origem do portátil numa empresa de Taiwan. É afinal na China que o computador é feito. Daà segue para o Mundo, também para Portugal, onde o «Magalhães» se veste de azul e aparece de cara lavada.
Fonte: TVI